Entrevista a YOME parte 1

Nascido numa família de artistas, o seu avô é um artista renomeado em França e ensinou-lhe as bases do desenho desde a infância e foi uma das suas maoires influências. Na altura conturbada das sua adolescência, Yome encontrou o Graffiti. Diz ele que «Juntava o lado da rebelião e do proibido com o lado artístico», coisa onde se viu completamente dentro dessa forma de expressão. Yome, é o seu nome desde 1998 antes usava Meoz, Sepla e Based 2, mas as letras YOME marcaram a sua preferência e acabaram por marcar a sua identidade artística. Hoje em dia produz algum design, caligrafia e telas e quando podes volta aos muros.

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Pergunta Nº 1

Qual foi o teu primeiro contacto com o Graffiti?

R: Tive uns amigos mais velhos quando era novo, Zorlac, que era filho de uns amigos dos meus pais, que me deu as bases e me explicou as regras. Ele fazia Graff e isso impressionou-me muito! Depois de o ver pus-me logo a desenhar letras e a pesquisar sobre Graffiti, tinha 11 anos! Desenhei bastante antes de chegar aos muros pois queria impressionar logo de início.

Pergunta Nº 2

Onde fizeste o teu primeiro Graff ou Tag? Passou-se alguma coisa?

R: O meu primeiro Tag foi feita em plena rua com uma lata de spary roubada no supermercado. Tinha 12 anos e para mim era super excitante. Faltei as aulas uma semana, fiz muitos tags e sobretudo um Graff nas linhas dos comboios em pleno dia. Os comboios passavam e apitavam. Era de doidos e naquela altura era um pouco inconsciente para fazer algo assim em pleno dia. Depois continuei e fiz tags em muitos comboios mas estou muito longe ainda de ter sido aquele que bombardeou mais.


Pergunta Nº3

Podes contar-nos uma aventura que tenhas tido onde o Graff tenha estado presente?


R: Quando fazes Graffiti tens sempre muitas acobacias e pequenos truques a que tens de estar sujeito. Já tive de me suspender debaixo de uma ponte, atravessar autoestradas, fazer graffiti em pleno campo, fazer tags em pleno dia, etc...

Lembro-me de duas coisas:

A primeira foi uma noite quando fui fazer um graff num comboio. Tinha cinco latas para fazer uma cena simples e no momento de começar, depois de ter saltado as grades e tal, apercebo-me que não tinha trazido os Caps!!!! Logo era impossível pintar, tinha arriscado estar ali para nada...

A segunda foi um Graff que fui fazer na zonas das linhas dos comboios em plena noite. Estava bastante concentrado quando vejo duas luzes bastante longe ainda mas que se aproximam rapidamente! Um comboio!!! Encostei-me o mais que pude a parede e o comboio passou a 5 cm de mim. O susto abanou-me bué! essa noite fui para casa a tremer e a pensar o quão estupido tivera sido em embarcar naquela aventura.




Pergunta Nº 5

Quem é o teu Writer favorito ou a tua Crew de Graff Favorita?

R: No início quando cai em ver os filmes Subway e Style Wars (Henry Chalfant e Martha Cooper), houve dois writers que me impressionaram bastante, o Skeme e o Seen de New York nos EUA. Admito que pra mim aqui era O ESTILO!!!! Legível e cheio de estilo, personagens bem desenhados, sem dúvida, o estilo de vanguarda.

Depois aderi a cena francesa com o meu mano Dize com o grupo GT e VMD, Wire, Akiz e Rezo foram pessoas que me inspiraram muito.

Hoje em dia flasho bastante com o Revok e os MSK e continuo bloqueado no NYC Old School Style.


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